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Petróleo fecha em queda, reagindo à decisão do Fed

Após uma sessão marcada pela volatilidade, os contratos do petróleo fecharam em queda no mercado futuro, pressionados pelo avanço do dólar, que reagiu à decisão de política monetária do Federal Reserve (Fed) de aumentar juros em 75 pontos-base. Além disso, comentários sobre o acordo nuclear com o Irã também pressionaram a commodity, que chegou a ser brevemente impulsionada pela decisão do presidente da Rússia, Vladimir Putin, de anunciar mobilização militar parcial no país no âmbito da guerra na Ucrânia. Estoques dos EUA também estiveram no radar.

O petróleo WTI para novembro caiu 1,19% (US$ 1,00), a US$ 82,94 o barril, na New York Mercantile Exchange (Nymex), enquanto o Brent para o mesmo mês recuou 0,87% (US$ 0,79), a US$ 89,83 o barril, na Intercontinental Exchange (ICE).

O Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc, na sigla em inglês) do Fed decidiu elevar a taxa dos Fed Funds em 75 pontos-base, para a faixa entre 3,00% e 3,25% ao ano, em comunicado divulgada há pouco. Além disso, o BC americano revisou para baixo nas projeções de crescimento econômico dos EUA e para cima as de inflação.

Durante a madrugada, o petróleo acelerou ganhos após Putin anunciar mobilização militar parcial no país e sugerir o uso de armas nucleares em virtude do confronto, indicando que todas as opções disponíveis podem ser utilizadas. Mais tarde, porém, a commodity perdeu força, após o presidente do Irã, Seyyed Ebrahim Raisi, afirmar, durante discurso na Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas, que seu país tem sido extremamente flexível para tentar retomar o acordo nuclear com as potências.

Investidores também acompanharam a divulgação dos estoques de petróleo nos Estados Unidos, que tiveram alta de 1,141 milhão de barris, informou hoje o Departamento de Energia (DoE, na sigla em inglês) do país, abaixo da previsão de analistas. Já os estoques de gasolina aumentaram em 1,57 milhão de barris, a 214,61 milhões de barris, enquanto a projeção era de queda de 500 mil barris. E os de destilados tiveram alta de 1,23 milhão de barris, a 117,25 milhões de barris, quando a previsão era de aumento de 500 mil barris.

Fonte/Veículo: O Estado de São Paulo

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